Vinte propostas de arquitectos portugueses foram distinguidas no concurso Europan 10, organizado pela federação europeia de organismos nacionais que promovem concursos de arquitectura.
Das 71 propostas entregues para os três locais a concurso – Cascais/Cabreiro, Entroncamento e Lisboa/Campo Grande – foram premiadas três portuguesas. Outras três mereceram menções honrosas e 14 foram citadas pelo júri.
Na 10ª edição do Europan, participaram 62 cidades/sítios de 19 países europeus e mais de 2.400 equipas de jovens arquitectos, arquitectos paisagistas e urbanistas.
Ao nível nacional, os três locais a concurso foram um terreno adjacente ao futuro hospital de Cascais (em construção), por onde passará o Metro ligeiro de superfície, um outro relativo a uma área a reconverter no Entroncamento para usos mistos e ligação entre fragmentos urbanos e uma terceira zona, que engloba o prolongamento do eixo central da Avenida da Liberdade (Lisboa), junto ao Campo Grande, e a articulação com a Segunda circular e o acesso ao Alto do Lumiar.
Um dos projectos premiados pelo Europan foi o coordenado pela arquitecta italiana Elisa Pegorin para Cascais (“BSI 34 – Cidade Arável”), onde propunha uma intervenção integrada com habitação, espaços públicos, uma estrutura verde contínua, equipamentos relacionados com as novas infra-estruturas e algumas preocupações sociais, com salvaguarda da estrutura ambiental contígua do Parque Natural Sintra-Cascais.
A proposta para Cascais coordenada pela portuguesa Mónica Margarido recebeu menção honrosa, tal como o projecto “Eu hei-de amar o meu bairro”, de João Prates Ruivo, Raquel Oliveira e André Albuquerque.
O projecto apresentado pela equipa coordenada pelo arquitecto português Pedro Dias para o sítio proposto pela Invesfer no Entroncamento foi também galardoado no Europan 10, assim como a proposta apresentada para Lisboa pela equipa coordenada pelo alemão Alexander Hausler e que teve a participação da arquitecta urbanista portuguesa Silvia Benedito.
O tema central do Europan 10 foi “A Urbanidade Europeia – Vida Residencial e Durabilidade”. Foi atribuído um total de 56 prémios e 67 menções honrosas.
Três subtemas agrupavam os sítios a concurso: colonização (nova comunidade; prolongamento ou fundação urbana; escalas de sustentabilidade); revitalização (acupunctura urbana) e regeneração (mutação paisagística e transformação social).
Fonte: http://www.rr.pt/